Aleluia! Cristo ressuscitou verdadeiramente! Ele venceu
a morte e despojou o império das trevas, sendo vitorioso e dando-nos também a
vitória.
Jesus venceu e também nós somos
vencedores com Ele. Somos vitoriosos, porque Deus nos deu a vitória em Jesus,
Seu Filho. Mas não por causa dos nossos méritos, mas sim pela Sua graça.
Cante bem alto este “Aleluia”
festivo, pois chegou para nós “o dia sem ocaso”. O sol brilha para nós
apontando-nos o caminho da eternidade. Aliás, Deus sempre nos conduz em triunfo
para que espalhemos o perfume do conhecimento de Deus por todos os lugares que
andamos.
Por Cristo e em Cristo somos
mais que vencedores, porque, por Ele, passamos do fracasso e da derrota para a
fortaleza, a vitória e o triunfo. Passamos da morte para a vida. Tudo isso Deus
o fez por amor.
Pode Deus se deixar pregar numa
cruz? Sim, Ele morreu nela por amor a você. Pode Deus permanecer num túmulo?
Não, pois Ele ressuscitou para que você fosse vitorioso.
Caríssimo, se somos vitoriosos,
porque guardamos para nós os maus momentos? Por que os abraçamos? Por que os
mantemos conosco? Os maus momentos, os maus hábitos, o modo egoísta de se
viver, as mentiras, os fanatismos, os deslizes, as falhas… Por que manter essas
coisas conosco? Precisamos deixar todo esse lixo aos pés da cruz. Podemos e
devemos fazer isso, porque Deus quer que o façamos.
Jesus quer que façamos isso,
porque sabe que não podemos viver como Ele. Só Deus é santo. São a cruz e o
túmulo vazio que nos santifica. Devemos deixar os maus momentos no madeiro e
caminhar com Ele em vitória, pois Jesus não ficou no túmulo. A pedra foi
removida. Deus faz mais que perdoar os pecados, Ele os remove.
A Ressurreição de Cristo é o
motivo principal da pregação do Evangelho. O evento que encheu o coração dos
discípulos de esperança e os tornou mensageiros do Evangelho da graça foi a
visão do sepulcro vazio. A aurora do primeiro dia suscitou um novo ânimo aos decepcionados.
Jesus Cristo ressuscitado é o
Senhor e Salvador dos pecadores desenganados. A Ressurreição de Cristo Jesus é
a prova evidente de que a morte foi vencida e o pecado perdeu a sua força de
condenação. A história da Crucificação não termina com um funeral, mas com um
“festival de aleluia”. O Anjo anunciava às mulheres com júbilo: “Ele não está aqui; ressuscitou
como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mateus 28,6).
A pregação verdadeira do
Evangelho começa com a afirmação convincente da morte e ressurreição de Cristo.
As testemunhas são as únicas pessoas que podem falar, de fato, daquilo que
presenciaram. Pedro e João, quando estavam sendo ameaçados pelas autoridades
judaicas para que não pregassem a Jesus ressuscitado, disseram: “…pois nós não podemos deixar de
falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos
4,20).
Se a morte de Jesus trouxe
desesperança para os Seus discípulos, Sua ressurreição originou uma torrente de
esperança, capaz de enxergar através de nuvens espessas. Já que Cristo
ressuscitou não há mais barreira que impeça a efetivação de Suas promessas.
Só o milagre do túmulo vazio
poderia encher o coração dos discípulos da certeza da salvação. A regeneração
do homem pecador é um produto da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos: “Bendito o Deus e Pai de nosso
Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para
uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1Pd 1,3).
A visão espiritual do túmulo
vazio – que é produzida pela fé por meio da Palavra de Deus – nos garante uma
certeza inconfundível de que a nossa salvação é um dom gracioso que nos motiva
ao testemunho. Como insistia Thomas Brooks: “uma alma dominada pela certeza não
está disposta a ir para o céu sem companhia”.
A falta de convicção inabalável
da obra salvadora por meio de Cristo Jesus é o principal agente da apatia na
pregação. Sem a firmeza do Evangelho não há como se pregar, com confiança, a
Sua mensagem. Muitos apregoam um sistema religioso com a presunção de estar
pregando o Evangelho, mas somente a segurança da Ressurreição de Cristo, bem
como da nossa ressurreição com Ele, pode assegurar uma pregação legítima do
Evangelho autêntico.
As mulheres que foram ver o
sepulcro onde Jesus havia sido sepultado saíram de lá ao romper da manhã, ainda
atônitas, com a certeza de que não havia mais um cadáver na tumba. A fé cristã
começa no primeiro dia da semana, nas primeiras horas do dia, com uma certeza
da vitória: a morte foi vencida e o Salvador não é um defunto.
Devemos deixar os nossos maus
momentos na Cruz e também os momentos ruins dos nossos irmãos que chegam até
nós. Devemos amá-los. Se amarmos a Deus, amamos também os nossos irmãos. Como
podemos nos aproximar d’Ele e pedir perdão, se nós não perdoamos os nossos
irmãos?
Coisas do passado sempre são
trazidas ao presente. Como alguns têm boa memória para os erros dos irmãos e
péssima memória para a mudança deles! Pare de se prender aos erros do passado.
Olhe para o bom fruto que pode brotar no coração do seu irmão. Assim como você
ressuscitou com Cristo e é uma nova criatura, também ele é, em Cristo e com
Cristo, uma nova criatura.
Abandone seus pecados antes que
eles contaminem totalmente você. Abandone o rancor, antes que ele o incite à
raiva e contenda. Entregue a Deus a sua ansiedade antes que ela o iniba de
caminhar com fé. Dê a Deus os seus momentos ruins.
Se você deixar com o Senhor os
seus momentos ruins, só sobrarão bons momentos, então, Cristo terá ressuscitado
em você. E se Ele ressuscitou em você, já não é você quem vive, mas é Cristo
que vive no seu corpo. E se Ele vive em você, em você tudo é santo, porque está
envolvido pela luz d’Aquele que verdadeiramente ressuscitou.
Feliz Páscoa!
(Padre Bantu Mendonça)
Lindas Palavras !!!
ResponderExcluirMeus irmãos.. Que a Ressurreição de Jesus, renove nossa mentalidade, aumente nossa fé, esperança e caridade! Jesus Ressuscitou aleluia!