Esta é uma pergunta que o mundo tem feito desde que Bento XVI
anunciou, no dia 12 de fevereiro, que renunciaria ao ministério
petrino.As manchetes sobre o que estaria por detrás de tal atitude do
Pontífice logo se espalharam pelo mundo numa espécie de trama conspiratória
digna de produções hollywoodianas, daquelas que até as obras fictícias de Dan
Brown ficariam no ‘chinelo’.
A meu ver, só existe uma coisa mais ridícula do que as manchetes dos
jornais a respeito do que acontece, atualmente, na Igreja: são as opiniões de
jornalistas e até teólogos (quem diria!) sobre como ‘deve ser’ o próximo Papa e
a ‘Igreja do futuro’.
Segundo esses caros “especialistas”, a Igreja perde fiéis e agoniza,
porque não avança na mesma velocidade do mundo moderno; parou no tempo ao
sustentar a família tradicional, é retrógrada ao defender a vida desde a sua
concepção até o seu declínio natural, torna-se medieval quando ainda critica a
manipulação genética como as pesquisas com células troncos embrionárias, etc.
Para esses “magos” da prestidigitação moderna, o próximo Papa – para
‘salvar’ a Igreja – deve ser um progressista, aberto ao mundo moderno, que
saiba dar um ‘like’ para o casamento homossexual, um ‘joinha’ para a
distribuição de preservativos. Um Pontífice que aprove o divórcio, que ordene
as mulheres e acabe de vez com essa coisa de celibato.
Cada vez que leio um artigo desses modernistas de
plantão sobre como dever ser o próximo Papa, pergunto-me: “eles querem um Papa
ou um anticristo?”
Não! O próximo Pontífice não será progressista, não caberá no bolso do
mundo moderno, muito menos negará o que seus antecessores já disseram a
respeito de temas como o casamento gay, aborto, ordenação de mulheres, entre
outros; pois o Papa é, antes de tudo, um servo da Verdade, aquele que tem a
missão de guardar o tesouro da fé confiado a ele pelo próprio Cristo.
Os modernistas jamais entenderão que o Papa guarda uma patrimônio de
fé (Depositum Fidei) transmitido através dos séculos, o qual não
lhe pertence. A sua missão é guardar esse tesouro ainda que lhe custem
críticas, perseguição e até a sua própria vida.
Voltemos então à pergunta: ‘quem’ ou ‘como’ será o próximo Papa? A
resposta é simples: ele será o Papa, Sucessor de Pedro, fundamento visível da
unidade da Igreja Católica, aquele que nos confirmará na fé e a quem Jesus
continua a dizer “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. O
que queremos mais?
Não me iludo, no entanto, que estes brilhantes jornalistas, colunistas e
afins possam compreender a realidade espiritual que cerca um Papa e a sua
sucessão, pois para entender
É preciso ter fé, algo em falta no mundo moderno.
Fonte: destrave.cancaonova.com
Fonte: destrave.cancaonova.com
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